09 May 2019 09:22
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<p>São Paulo — Se existe uma pessoa que conhece bem as grandes (e pequenas) angústias da existência profissional do brasileiro, este uma pessoa é Max Gehringer. No decorrer dos primeiros treze anos como comentarista da rádio CBN, ele recebeu mais de 30 mil questões dos ouvintes sobre isso gestão de carreira. Organizados em modelo de tabela, os questionamentos deram origem ao livro “Sua carreira direto ao ponto”, lançado este ano na editora Benvirá. “A resultância tem sido a mudança permanente de emprego, em pesquisa do paraíso perdido”, explica o colunista do programa “Fantástico”, transmitido pela Televisão Globo. Em um caso de insatisfação, volatilidade e decadência, construir uma carreira estável parece ser uma tarefa irreal — contudo não é, segundo Gehringer.</p>
<p>O segredo está em impossibilitar o pior problema que você podes cometer ao longo da sua existência profissional: fantasiar que o empregador irá se moldar às suas necessidades, e não o oposto. “Cada organização tem as suas próprias regras, e entendê-las é o primeiro passo na construção da carreira”, diz o autor. Outra tendência perigosa é confundir emprego — alguma coisa, por definição, temporário — com carreira, um bem infinito que pode, sim, ser estável. Pela entrevista abaixo, Gehringer explica como dominar equilíbrio sem recair na estagnação, e ensina a navegar de modo segura por um mercado de serviço cada vez mais difícil.</p>
<p>Diagnóstico - No teu livro, Sucesso Nos Concursos: Equilíbrio Entre Organismo E Mente O Dia responde a centenas de perguntas reais sobre a existência profissional. Qual é a superior contrariedade do brasileiro quando o questão é carreira? Max Gehringer - Hoje em dia, a superior problema é a adaptação a uma nova realidade. De duas décadas pra cá, as escolas brasileiras se abrandaram bastante em termos de exigências.</p>
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<p>Não há mais competição, notas baixas não são divulgadas e nem ao menos impedem a progressão acadêmica. Os professores perderam muito da autoridade que tinham sobre isso os alunos. Ao ingressar no mercado, o jovem encontra o avesso de tudo isso. Competitividade, hierarquia, pressão por resultados e comparação direta com colegas. A resultância tem sido a mudança permanente de emprego, em pesquisa do paraíso perdido.</p>
<p>O senhor de imediato falou em entrevistas que não existe mais plano de carreira. As empresas não querem mais fazer futuros líderes? Algumas organizações mantêm o recurso de avaliação de funcionamento, entretanto ele passou a ser focado no curto período. A explicação clássica do plano de carreira era a do horizonte mais grande, entre três a 5 anos. Este modelo é que está em extinção.</p>
<p>O desenvolvimento se fornece a partir dos resultados práticos imediatos, e os futuros líderes se desenvolvem aprendendo e executando em tempo real. A constância virou qualquer coisa cada vez mais especial no mercado de trabalho brasileiro. Esse ainda é um valor para a maioria dos profissionais? Sim, a estabilidade e a segurança continuam a ser valores desejáveis pra maioria.</p>
<p>Todavia há três outros fatores que compõem o perfil do “empregado feliz”: remuneração adequada, oportunidades de carreira e prazeroso ambiente de serviço. Se existe alguma corporação no Brasil apto de oferecer estas quatro coisas ao mesmo tempo, eu nunca ouvi discutir dela. O empregado de empresas privadas do século XX era mais paciente ou mais conformado, e assim sendo arriscava menos.</p>
<p>O do século XXI é mais imediatista e mais ambicioso, e em vista disso muda de emprego com mais periodicidade. Qual é a decorrência do encurtamento das passagens por cada corporação? A rotatividade é o consequência de expectativas não preenchidas. O Controle Do Cérebro Num Raio De Luminosidade não é o que o funcionário aguardava, o chefe não é acolhedor, o local não é bom, as oportunidades demoraram demais a aparecer. Entre prosseguir insistindo ou procurar outra organização que seja mais adequada, a segunda opção parece mais lógica pra maioria. Estas alterações irão destacar que não existem organizações perfeitas, uma questão que os antigos funcionários estáveis já desconfiavam, mas que os jovens estão neste momento preferindo compreender na prática.</p>
<p>Ainda é possível possuir uma carreira estável, apesar do mau momento do mercado de trabalho? É bom lembrar que a decadência não fez o trabalho evaporar. O desempregado é uma exceção. Dolorosa, é verdade, porém que atinge a uma minoria. Neste momento, algumas carreiras estão em expansão, e futuros presidentes de organizações estão ingressando já no mercado de serviço. Como a todo o momento aconteceu e continuará a ocorrer, alguns vão se mostrar mais que outros, e receberão o devido reconhecimento profissional.</p>
<p>As crises irão e vêm, no entanto a carreira continua com elas ou sem elas. Como criar uma carreira estável, contudo não estagnada? A tendência a confundir emprego com carreira continua potente. Um emprego é sempre temporário, e podes ser encerrado a qualquer instante por uma decisão da organização. De imediato uma carreira é infinito, e é do profissional, e não à empresa em que ele está trabalhando.</p>